sábado, 12 de junho de 2010



Ficam certos cheiros nas mãos
Certas dúvidas no coração
Certas marcas no colchão
Certos caracóis nas idéias...

Fica um gosto de vida no ar
E um resto de sono
Que nunca dorme...
Um resto de sonho
Do qual não se lembra ao certo

Uma certa insenzatez...
E resquícios de timidez
– não te entregues ainda. Disse-me ele,
estamos esperando a hora de quê?

Madrugada não tem hora
Entrega não espera final de semana
Amor não conhece idade
Nem experiência de vida...

Sigo nadando na correnteza!

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